domingo, 7 de agosto de 2011

Voluntariado

"Uma contribuição da psicanálise para o voluntariado", matéria de Rachele Ferrari, na revista Psique, n. 60.

Segundo a autora, "é muito frequente que as essoas sejam movidas para o voluntariado por um desejo de reparar experiências malogradas de sua própria vida (...). Se olho o outro como estando numa situação de tanta penúria, isso me faz ver a minha vida mais leve, mas fácil(...)". Ainda de acordo com a matéria, o voluntário espera ser "reconhecido por sua dedicação, e, se isso não ocorre ou demora a ser demonstrado, a tendência é emergirem sentimentos hostis" em relação ao atendido. Fica evidente o predomínio do "desejo de exaltação e analtecimento de si mesmo"; "não é a pessoa que recebe a ação de cuidados... a quem são lançadas as atenções e os investimentos afetivos, e sim o próprio voluntário".
"Outra questão que se coloca a respeito do voluntariado é que as pessoas que se envolvem com essa ação estão, como  a maioria dos seres humanos, preocupadas com sus próprios problemas psíquicos, mau ou insuficientemente resolvidos.
"As pessoas que se põe a cuidar de outras em programas de voluntariado precisam também de um mínimo de formação (...) onde poderia se produzir um pouco de autoconhecimento e reflexão sobre a prática (...). Só assim o outro - beneficiado - não estará a serviço do narcisismo do benfeitor, cativo de sua demanda de amor, de sua proteção, da boa vontade."
O ideal é que o encontro entre voluntário e beneficiado não se sustente "apenas na compaixão", mas que permita a esta último se "afirmar em seu lugar social, a partir de suas competências, resgatando aquilo que lhe é de direito".

sábado, 6 de agosto de 2011

A CABANA, de William P. Young

Esse livro me fez repensar muito sobre mim, meus sentimentos e atitudes. Abaixo, algumas mensagens dele.
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As emoções são as cores da alma.
Não devemos tentar ser justos sozinhos. Códigos de conduta, como os 10 Mandamentos, são regras que nos auxiliam a sermos justos, são um espelho que mostram a imundície humana.
Manter a lei é um modo de manter o controle. Ela dá o poder de julgar os outros e de se sentir superior a eles.
A religião usa a lei para ganhar força e controlar as pessoas.
Responsabilidades e expectativas são base para a culpa, a vergonha e o julgamento. Prontidão é liberdade.
Substantivo é estanque, verbo é movimento.
Perdoar é reconhecer que não se tem responsabilidade nem expectativa em julgar ou penalizar alguém.
Perdoar não é esquecer. Esquecer é limitar-se. Perdoar é libertador. O perdão nos liberta do julgamento, mas não refaz a confiança, nem põe fim à raiva. A confiança exige mudança verdadeira.
Quando se ama, não se julga, aceita-se.
Limitar e servir evita o Poder.
É preciso gostar especialmente de todos.
Autoridade é a desculpa utilizada pelo forte para que os outros se sujeitem ao que ele quer.
Passamos grande parte de nosso tempo no passado e na maior parte do tempo tentamos advinhar o futuro. Passamos muito pouco tempo no presente.
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É isso aí!