De antemão pedindo MIL DESCULPAS, o assassinato da Procuradora pelo marido empresário, após pedir proteção com amparo na Lei Maria da Penha, foi um excelente acontecimento na luta pela violência contra a mulher.
Quem acompanha o noticiário ou já passou por isso, sabe que as medidas protetivas são inócuas em virtude da falta de estrutura policial e judiciária.
Enquanto as filhas de ninguém morrem ou são agredidas, a luta das outras tantas filhas de ninguém para criar ongs, manter programas e melhorar a legislação é absurdamente árdua.
Quando morre alguém que é importante para pessoas influentes, essas últimas, sem sair do conforto de seu sofá, conseguem mobilizar muito mais esforços do que as filhas de ninguém fazem numa vida inteira de luta.
E aí, parentes, familiares, amigos e colegas da Procuradora rica, bora mexer os pauzinhos pra fazer um mundo melhor? Tem muita mulher necessitando da influência de vcs para conseguir ultrapassar a barreira da violência doméstica e voltar a viver.
Mas se não puderem fazer nada, entendo... Não julgarei... O algoz já morreu mesmo... Não há como alimentar o desejo de vingança que é o principal motivo de mobilização em busca de "justiça".
Só fico aqui na esperança que logo logo outro marido rico mate outra esposa influente. Se essas situações se repetirem, mas fácil ver as coisas mudarem.
Uma pena...
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